quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Um pacote de biscoito, um refrigerante e um "vale vida eterna"

Naquela sexta-feira estava me preparando para o fim de semana na praia com o marido, minha filha e suas amigas. Fui ao supermercado comprar uns últimos itens que estavam faltando.
Era um final de manhã e o supermercado estava quase vazio. Só havia duas pessoas na minha frente no caixa. Meus pensamentos estavam focados nos itens para levar para a praia. Não queria esquecer nada. Na minha frente vi um jovem rapaz com um pacote de biscoito, um refrigerante e um cartão com as cores da bandeira brasileira. Olhei para o cartão e presumi que deveria ser aqueles dos programas sociais do governo. Uma bolsa qualquer.
Quando chegou a vez dele, o total era R$ 2,49. O cartão não passou. O caixa tentou mais uma vez, mas a compra não foi aprovada. O rapaz ficou um momento atônito, até que disse para anular a venda. Eu atrás dele me enchia de coragem para intervir. Até que afirmei para o caixa que pagaria. O rapaz olhou apressadamente para mim, disse obrigado e saiu rapidamente. Eu também fiquei nervosa, pois não queria constrangê-lo. Torcia para que as outras pessoas da fila não tivessem percebido.
Como socióloga, poderia fazer muitas reflexões sobre a desigualdade social no Brasil, sobre o cartão dele (sem R$ 2,49 de saldo) e o meu com limite infinitamente maior, sobre os dois itens que ele levou e os que eu tinha no meu carrinho, sobre o significado daquela compra para ele e a minha para mim. A lista poderia continuar...
Mas queria refletir sobre outro ângulo. Imagine alguém fazer algo pelo qual você não fez nada para merecer, como pagar sua conta (pequena ou grande), sendo você um estranho.
Faço então uma analogia. O caixa seria um portal que nos levaria à comunhão com o Pai. Mas para passar com nossos itens (nós mesmos, com nossas bagagens de experiência de vida), não conseguimos alcançar o valor da conta, mas vem alguém e a paga.
As nossas vidas têm um valor inestimável para Deus, por isso ele enviou seu filho Jesus para mediar a nossa relação com Ele. Jesus não veio só para ensinar, nos falar de Deus, fazer milagres, dar o exemplo de como agir, pensar e sentir. Ele foi muito mais do que isso.
Imagino Jesus nas estradas empoeiradas da Palestina, sem acesso à tecnologia, sem recursos financeiros. Mesmo assim cativou multidões. Na sua trajetória aqui na terra estabeleceu a sua autoridade como filho de Deus para leigos e sábios. Marcou a história de tal maneira que ela é dividida em antes e depois dele. Ainda hoje atrai multidões para si nos quatro cantos do mundo.
Divorciados de Deus pelos nossos pecados, Jesus precisou trilhar o caminho difícil da reconciliação, por meio de seu sacrifício na cruz, que ensejou uma nova aliança entre o ser humano e Deus. Cada um que crer nele recebe um “vale vida eterna”. Nossa conta já está paga. O saldo desta conta não tem fim. Todos que quiserem passar pelo portal serão bem-vindos. Podemos desfrutar da comunhão com o Pai eternamente, enquanto estamos aqui na terra e no futuro em sua presença maravilhosa. Somente precisamos fazer a entrega da nossa vida para Jesus. Ele cuidará dela muito bem.

“Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. João 6:37.

Que Deus abençoe,

Vilma

 

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